quarta-feira, 22 de abril de 2015

Insulinoterapia

Oi gente!!! Vou falar um pouquinho sobre o Diabete Melittus...apenas uma introdução...mas, a postagem se direciona a tabela que fiz sobre tipos de insulina, inicio de ação, pico, duração, cor, e via de administração. Decidi montar esta tabelinha porque durante meu trabalho em assistência, durante as intercorrências, meus técnicos sempre ficavam na dúvida e os familiares também. Aí você pode me perguntar: - Mas, que tipo de dúvida? As descrevo agora : - Enfermeira, administrei a insulina prescrita ( seja de uso regular ou SOS) e a taxa glicêmica (glicose...como dizemos habitualmente) continua alta, eu administro novamente?...enfim, alguns podem achar inadmissível e até tratar o técnico com desdem, entre outros. 

Quero dizer primeiramente que, você enfermeiro, técnico ou auxiliar é passível de erros e dúvidas, e ter um conhecimento a mais que o outro profissional não te faz melhor que ele.  A enfermagem deve aprender a trabalhar em equipe, meus técnicos são meus amigos, sem eles nada funciona. E é claro que muitas vezes nós mesmos, enfermeiros, podemos esquecer...então a tabelinha vai servir para isso, consulta. Podem imprimir e levar no bolso do jaleco, na caderneta de anotação, onde acharem melhor. Esta será a primeira das tabelas, planejo montar outras, sobre hemograma, referência do exame de urina, bioquímico...e por aí vai.

O Diabete Melittus (DM) é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos. Ele se caracteriza por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. As consequências do DM, em longo prazo, incluem danos, disfunção e falência de vários órgãos, e especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos.

O manejo adequado do controle glicêmico, na maioria das pessoas com DM, requer intervenções farmacológicas com agentes antidiabéticos orais, injeções de insulina ou ambos. Para a aplicação de insulina, são imprescindíveis métodos como escolha de instrumental  adequado, domínio da técnica e rodízio dos sítios de aplicação na pele, entre outros. O sucesso terapêutico depende não só do tipo e da dose de insulina usada, mas também da administração.

A insulina é um hormônio utilizado para realizar o tratamento do DM e, por ser uma proteína e para não ser degradada no trato gastrintestinal, é administrada por injeções. A insulina é classificada pela sua velocidade de ação, incluindo ação rápida, ação curta, ação intermediária e de longa ação.

Material Necessário: Seringa e Agulha, algodão, álcool 70% e medicamento (insulina conforme a prescrição médica)

Procedimento:

- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Retirar o frasco de insulina da geladeira 10 a 20 minutos antes da aplicação;
- Rolar o frasco entre as mãos sem agitar com no mínimo 20 movimentos (os francos não devem ser sacudidos, já que o sacudir forma bolhas, que ocupam espaço e alteram a dose);
- Realizar a assepsia do frasco com algodão embebido em álcool 70%;
- Aspirar a quantidade de ar na seringa;
- Injetar o ar dentro do frasco para melhor retirada da insulina (na mesma quantidade a ser administrada); 
- Virar o frasco e a seringa para baixo, aspirando a quantidade de unidades conforme a prescrição médica; 
- Retirar o ar que esteja presente na seringa; 
- Selecionar a área de aplicação, tendo os cuidados mencionados anteriormente no rodízio de áreas para aplicação;
- Fazer assepsia da área com algodão;
- Fazer prega na pele e introduzir a seringa em ângulo de 90º e após soltar a prega;
- Administrar a quantidade de insulina que consta na seringa; 
- Retirar a seringa e após fazer uma leve compressão com algodão e álcool 70%;
- Organizar o material utilizado;
- Lavar as mãos e registrar no prontuário.


Deve-se datar os frascos de insulina ao abrí-los, a partir da data de abertura do frasco, que possui validade de 30 dias. Os frascos devem ser guardados em geladeira, em cima da caixa de verduras, preferencialmente, não sendo armazenados próximo ao congelador ou na porta da geladeira.


TIPO
INICIO
PICO
DURAÇÃO
COR
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
Ação Rápida (lispro, Aspart)

15 min

1 hora

2 a 4 horas

Clara

Subcutânea
Ação curta (regular)
30 min
2 a 4 horas
6 a 8 horas
Clara
E.V ou subcutânea
Ação intermediária (neutral protamine hagedom – NPH, lenta)


1 a 2¹/2 horas



6 a 12 horas


18 horas


Turva


Subcutânea
Ação longa (ultralenta)
4 a 8 horas
nenhum
24 a 36 horas
Turva
Subcutânea
Ação longa (Glardina)
1 hora
nenhum
24 horas
Clara
Subcutânea (não pode ser misturada com outras insulinas)


                                                                                          
Gentem...já, já...as outras tabelas saem do forno!! Hihihi!!! Abs!!!!

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